Qualificação, customização e compartilhamento: soluções de transporte que vão muito além do BID

Seguindo as trilhas do forte avanço da logística em tempos de pandemia, o setor de transporte vem passando por um momento de grande transformação no Brasil. A entrada de novos players, como grandes varejistas e empresas que já trazem o DNA digital de berço, acelerou a consolidação do setor, acirrou a competição e reduziu as margens de lucro.

Neste ambiente, entrar em disputa de preços pode ser fatal no longo prazo, principalmente para empresas de pequeno e médio porte. Para manter a competitividade, é preciso se diferenciar.

Hoje, nosso blog conversa com Alfredo Fajardo Jr, gerente de Negócios e Projetos da Soluciona Logística, de São Paulo, para saber quais atributos muitas vezes passam despercebidos pela empresas na hora de contratar os serviços de uma transportadora.

Você vai se surpreender com o último!

Qualificando os fornecedores

O BID (do inglês to bid, ofertar) é o instrumento utilizado para licitar a contratação de serviços no mercado, apurando as melhores ofertas. Mas quem contrata já sabe: embora o preço seja determinante em algumas ocasiões, nada substitui a garantia do serviço prestado por fornecedores qualificados, com boa experiência e reputação.

“Cada empresa tem características e necessidades específicas, o que determina requisitos específicos para qualificar seus fornecedores”, explica Fajardo. “Para tanto, eles encaminham aos fornecedores formulários como RFI, RFQ e RFP, que permitem realizar um raio-x para uma escolha mais criteriosa de serviços”.

O RFI, ou Request for Information, torna possível escolher a empresa mais apta a fornecer um um item com muitos fornecedores, detalhando informações como capacidade produtiva, certificações, origens e custos de matéria-prima. Já o RFQ, ou Request for Quotation, restringe o escopo do orçamento, detalhando regras de cotação, especificações técnicas e cláusulas de contrato em questões esquemáticas que facilitam a comparação entre diversas cotações.

Mas a principal via para mostrar seu diferencial durante um BID se abre quando o cliente encaminha um RFP, ou Request for Proposal, solicitando um orçamento no qual a solução esteja em aberto. “É uma grande oportunidade para destacar diferenciais de serviço ou soluções inéditas que se enquadrem à perfeição na necessidade do cliente”, diz Fajardo.

Customização, o investimento que vale a pena

Por serem documentos importantes ao determinar uma contratação presente ou futura, o preenchimento criterioso destes formulários é um pré-requisito para a qualificação de sua empresa durante BIDs. Mas está longe de ser o único.

“Percebemos que o mercado vem valorizando cada vez mais as propostas de soluções customizadas que ofereçam não apenas um bom custo-benefício, mas também uma vantagem competitiva no médio e longo prazos, ainda que isso exija um investimento inicial mais alto”, explica Fajardo. “Neste caso, algumas transportadoras se destacam atuando como verdadeiras consultorias logísticas. Com uma expertise reconhecida no mercado, elas analisam seu negócio como um todo, buscando oportunidades sistêmicas de melhoria e fazendo propostas que vão muito além do BID”.

Na Soluciona Logística, estudos customizados envolvem necessariamente as áreas comercial e de engenharia de projetos. Isto permite uma visão mais abrangente dos processos do cliente e a proposição de soluções cujo custo se dilua no custo logístico total.

Num caso recente, a proposta foi de um novo desenho logístico para uma grande operadora de varejo, visando eliminar um transit point no destino dos produtos. O desenho previu, entre outras mudanças, a aquisição de um equipamento de alta tecnologia na fase de remessa, permitindo um planejamento da operação de entrega desde a origem. No conjunto, a nova proposta determinou a eliminação do transit point  e a redução dos custos globais da operação.

Embora  pareça evidente que o melhor investimento deve considerar sua diluição no custo logístico total, na prática muitas empresas ainda não possuem uma gerência logística ou de supply chain, fatiando sua operação em gerências que tratam armazenagem, embarque e transporte de forma isolada. “Ao cotar apenas o custo de armazém ou de frete, sem olhar o custo total, a empresa perde uma grande oportunidade de ganhar em eficiência e redução de custos”, diz Fajardo.

Compartilhamento: a próxima fronteira

Neste ano de pandemia, vimos o crescimento exponencial do e-commerce consolidando a tendência de digitalização e integração de operações na logística. A demanda por redução de estoques e aumento na frequência de entregas nos centros de consumo está mudando rapidamente o paradigma de operação da logística brasileira. Uma dessas mudanças passa pelo compartilhamento de rotas, uma forma de reduzir custos globais a partir do ganho de escala na operação logística.

“O compartilhamento de carretas é algo comum em cargas fracionadas de empresas de pequeno e médio porte, mas ainda por resolver entre as grandes, dada a necessidade de conciliar variáveis logísticas de grande complexidade e de exigir mudanças operacionais e culturais pelas contratantes”, explica Fajardo. “A capacidade de oferecer soluções neste âmbito é certamente um dos maiores diferenciais a que uma operadora logística pode almejar atualmente”.

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