Operação Milk Run otimiza logística inbound

Quem trabalha com logística certamente conhece o termo Milk Run, método de coletas programadas que nasceu na Toyota nos anos 50 e rapidamente se disseminou por toda a indústria, envolvendo principalmente a logística de suprimentos (inbound).

Na cultura popular, o termo Milk Run aplicava-se ao circuito do caminhão de leite, que percorria as propriedades dos leiteiros para recolher a produção diária e, seguindo uma rota predefinida, distribuía as garrafas de casa em casa, ao mesmo tempo em que recolhia o recipiente vazio da véspera.

Contudo, se em sua origem visava garantir leite fresco ao consumidor todas as manhãs – dispensando seu armazenamento – na logística o Milk Run tem o potencial de reduzir estoques e desperdícios para todos os agentes envolvidos na cadeia de suprimentos.

Isto é possível porque o conceito consiste num transporte ágil e frequente de pequenas quantidades de itens num circuito que percorre as múltiplas plantas de uma cadeia. Ele se contrapõe, assim, ao modelo tradicional, em que as entregas são realizadas individualmente pelos fornecedores em caminhões com carga cheia.

Fonte: Nippon Express

No Milk Run, a indústria assume a gestão da operação logística, o que possibilita ganhos significativos, como a otimização das cargas, redução do número de viagens, redução do lead time e do nível de estoques, agilidade para se ajustar às mudanças de produção, entre outros.

Para que a implementação do sistema seja bem sucedida, a sincronia do operador logístico com os diversos fornecedores é indispensável. “Quando bem programado, o método confere grande economia e responsividade a todo o processo logístico”, explica Alfredo Pires, gerente comercial da Soluciona Logística. “Mas para isto, é necessário que os fornecedores adaptem seus processos de embarque, que se padronizem embalagens, tamanhos, pesos e quantidades de produtos, e também que haja planos de contingência para contornar situações imprevistas nos pontos de parada ou ao longo do trajeto”.

Aproveitando a viagem

Uma curiosidade em relação ao Milk Run é que o termo também era usado em muitas outras situações além da entrega ordinária do leite matinal – e que também guardam boa analogia com a logística. A escritora Christine Ammer recorda seu uso pelas Força Aérea dos Estados Unidos na Segunda Guerra para descrever missões em que se esperava pouca ou nenhuma resistência do inimigo. Um missão tranquila, ou “piece of cake”, como se diria atualmente.

Sentido semelhante é trazido pelo dicionário online Macmillan ao mencionar o uso britânico do termo: “uma viagem regular, especialmente de avião, durante a qual nada de inusitado ocorre”. Atualmente, muitas companhias aéreas usam o termo para descrever viagens do tipo “pinga-pinga”, feitas por um mesmo avião ao longo de rotas regulares.

Esta riqueza de usos do termo acaba por ressaltar três importantes aspectos do Milk Run, tal como a filosofia é aplicada na logística atualmente: planejamento, previsibilidade e pontualidade. Afinal, todo mundo dispensa “grandes emoções” quando o que está em jogo é garantir a fluidez de toda uma cadeia de suprimentos.

Vamos evoluir juntos?

Ao repassarmos algumas das várias origens desse conceito, fica patente como o trabalho do profissional de logística guarda mais semelhanças com o trabalho do leiteiro do que comumente se acredita. Basicamente, ambos buscam eliminar riscos para garantir um bom nível de serviço, traduzido na pontualidade nas entregas e na preservação da qualidade dos produtos.

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